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Assembléia Legislativa de São Paulo

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Conheça a reciclagem de embalagens de óleo lubrificante


Conheça a reciclagem de embalagens de óleo lubrificante
Você sabia que 1 litro de óleo lubrificante é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água? 
No Brasil, as embalagens usadas no setor automobilístico como concessionárias e postos de combustíveis, que contém pequena quantidade de óleo e aditivos em seu interior, são descartadas no lixo comum. Isso ocorre porque o óleo lubrificante é uma substância de difícil remoção no processo de lavagem normalmente usado, que utiliza água somente. O produto final apresenta um nível de óleo residual que compromete sua reutilização na fabricação de novas embalagens.
Mesmo sabendo dos benefícios da reciclagem como o aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos, economia de energia e de recursos naturais, no Brasil o índice de reciclagem adequada dessas embalagens é de apenas 16,6%.
O engenheiro químico Sérgio Luiz Pinto explicou que o óleo residual desses frascos permanece no material reciclado porque o processo usual de lavagem não consegue retirá-lo, inviabilizando seu uso para fabricação de novas embalagens. Após esse problema, foi pesquisado um processo para a redução do óleo residual a níveis toleráveis e também sobre o destino adequado para eles. Nessa ocasião, destaca o engenheiro, foi encontrado um trabalho publicado pelo Departamento do Meio Ambiente (DMA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que fornecia informações sobre o impacto dessas embalagens no meio ambiente e sobre o manejo correto desses resíduos. Segundo o engenheiro, em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi possível desenvolver um processo que lava os frascos adequadamente e reutiliza a água, não despejando no meio ambiente.
Sérgio Luiz alerta que há muito pouco sendo feito para que esses frascos recebam destinação adequada, principalmente devido à falta de uma logística capaz de impedir que as embalagens se misturem com lixo quando são descartadas pelas fontes geradoras. "Essa questão está ficando cada vez mais preocupante devido ao grande aumento da frota de veículos", disse.
Quando essas embalagens não são recicladas, elas podem gerar passivos ambientais graves como, por exemplo, a formação de filmes de óleo não dissolvido na superfície aquática, que por sua vez interfere na troca de ar e resulta em diminuição do nível de oxigênio, desequilibrando o sistema natural. Porém, quando passam pelo processo de reciclagem, essas embalagens podem vir a ser sacos de lixo, solados, pisos, mangueiras e muitos outros.
Vale lembrar que poluir a água com óleo é crime. O decreto n.º 4.136/2002 dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, de controle e de fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional.
As empresas que colocam esse tipo de embalagem no mercado devem estudar e desenvolver uma logística que permita recolher adequadamente esse material e encaminhá-lo diretamente à empresas que tenham capacitação e licença para reprocessá-lo.

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